sábado, 11 de julho de 2015

Nossa tarefa é um grão de semente para fazer a revolução brasileira!


Com essa tarefa, hoje, 11 de julho de 2015 aconteceu no Assentamento Terra Vista o I seminário Banco de Sementes para tratar da questão e importância das sementes Crioulas como patrimônio da Humanidade e dos povos e apresentando o início de uma nova etapa para a Teia dos Povos com o projeto Banco de Sementes. Com essa proposta seguimos avante como Teia dos povos em Luta e em posse daquilo que nos pertence, o poder à semente sobre e na terra para a produção e garantia do alimento saudável e da soberania alimentar.
Crianças, mulheres e homens cantaram, celebraram e partilharam suas sementes.
Nossa companheira Mayá, ou seja, Maria Muniz, Nailton e Joelson, representando todos os mestres e elos da Teia dos Povos, participam da mística do fogo, que simbolicamente é destinado para cozinhar os alimentos para todos integrantes e a construção do plantio e da formação do banco de sementes do elos da Teia.
Relembramos que na luta pela soberania alimentar precisamos de três coisas: Terra, sementes e homens e mulheres com disposição de cuidar da terra, das sementes e fazer a luta. O início da arrecadação de sementes, que começou com trocas entre companheir@s com plantações e colheitas em vários lugares podemos projetar o futuro das nossas sementes, dos guardiãos e guardiãs da nossa história e das sementes. Como as sementes foram juntadas de várias partes do território, do país, de experiências de outros países, também somamos companheiros de várias origens étnicas, cidades, estados e nacionalidades em uma mesma família.
O tempo é de buscar com a paciência e a sabedoria para conquistarmos e consolidar os nossos territórios, construir a Teia dos Povos, e junt@s podemos conquistar outras dimensões. Começaremos pelas sementes, entregando o cuidado das mesmas às mulheres e homens de boa vontade, e convocando as universidades e institutos parceiros para que a produção do conhecimento volte para os saberes ancestrais e o cuidado com as sementes Crioulas como elemento em construção da Humanidade, ou seja, Sementes são patrimônio da Humanidade.
Como diz Che: “ O ser humano deixa de ser escravo quando vira arquiteto de seu próprio destino”, assim, convidamos à academia, os graduandos com coragem de deixar a academia para beber na fonte dos indígenas, quilombolas, pequenos produtores e sem terra, para que se unam à luta e aos companheir@s que já estão unidos, para que comecemos a pensar num plano de mudança para a nação. Iniciemos, portanto, a levar sementes em todos os lugares onde fomos e ir até onde existam companheiros que também trocam com todos que também tiverem sementes, pois, este é o nosso ato revolucionário necessário agora!
Lembramos também da importância da união e irmandade para que todos alcancemos juntos melhores momentos para todos e também tenhamos consciência e que sejamos profissionais que saibamos o valor das sementes Crioulas, pois, as sementes transgênicas não satisfazem nossas necessidades. Verdade, sinceridade e união são as palavras que precisamos colocar em prática.
Precisamos plantar Soberania, logo, o projeto prevê 10 hectares de banco de sementes, mas podemos fazer 20, podemos 30 hectares se quisermos, precisamos plantar e comunicar e fazer contabilidade e fazer articulações...Todas as tarefas precisam ser feitas, mas nem todos precisam fazer apenas uma tarefa, e sim sair do discurso, deixar os hábitos acadêmicos de apenas pensar, de filosofar, de levantar teses e não agir, pois, precisamos plantar e atuar praticamente para fazer a mudança. Precisamos definir nosso papel e assumir nossas tarefas.
Nós vamos plantar esperança, nós vamos plantar soberania. Porque a Teia é de esquerda, nós temos lado! Plantar essa semente é garantir nossa segurança alimentar!
Os produtores detém suas sementes Crioulas, produzidas pelos povos. O papel agora é entender sobre a semente, sobre a importância da agricultura, e resgatar que ser agricultor/a e permanecer em nosso território é fundamental.
“Vamos lutar, vamos construir todo mundo no mesmo passo!”

DIGA AO POVO QUE AVANCE...

E AVANÇAREMOS! 






 Teia de Agroecologia dos Povos

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