quinta-feira, 16 de abril de 2015

Avanço na pauta de reivindicações junto ao Governo marca o quarto dia de mobilizações da Jornada de Lutas 2015.

O quarto dia de mobilização da Jornada de Lutas 2015 foi marcada por mais uma marcha à sede da governadoria. Os movimentos sociais do campo e da cidade, indígenas e quilombolas dirigiram-se até o Gabinete do Governador Rui Costa para buscar respostas concretas à pauta de reivindicações entregue no primeiro dia de ação.





O movimento organizado reivindica o diálogo junto ao governador Rui Costa em busca de respostas concretas acerca da pauta de reivindicações, que traz dentre outras coisas a necessidade de avançar a Reforma Agrária, paralisada no Brasil nos últimos anos; garantia de demarcação de terras indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais; posicionamento do Estado contra a PEC 215; garantia de assessoria técnica rural pública às comunidades do campo; moradia, educação de qualidade, dentre outros.

Durante a tarde desta quinta feira (16) a Comissão de Negociação, esteve em reunião junto ao Secretário da Casa Civil, Bruno Danster; Secretaria Estadual de Relações Interinstitucional, Josias Gomes; Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Geraldo Reis; Secretaria de Políticas para as Mulheres, Olivia Santana; e o Secretário do Desenvolvimento Rural, Gerônimo Rodrigues.

Após horas de negociação, o Governo, através dos seus representantes apontou o posicionamento do Estado, indicando a possibilidade de ampliar o diálogo junto ao movimento unificado. Ainda, informou que após o detalhamento da pauta através das respectivas Secretarias, haverá os encaminhamentos ao Governador para nova rodada de negociação, a ocorrer no dia oito do próximo mês. Os secretários ressaltaram ainda a notável clareza dos movimentos, ao posicionarem-se de forma a pressionar o Estado em busca de avanços pelos direitos da classe trabalhadora, entendo o papel dos Movimentos Sociais.

Para a avaliação dos representantes dos movimentos sociais do campo e da cidade, indígenas e quilombolas esta rodada de negociação foi bastante positiva, em função do reconhecimento pelo Governo da unidade e organização dos movimentos e da força de suas lideranças, demonstrando a força popular da mobilização. Além disso, indicam que a grande vitória desses três dias de mobilizações e pressão popular foi a inclusão das pautas reivindicadas na agenda do Governador. No entanto, ressaltam o desafio posto à mesa: a necessidade de trabalhar a organicidade e a formação dos militantes dos movimentos unificados visando avançar numa perspectiva revolucionária.

Os movimentos sociais do campo e da cidade, indígenas e quilombolas continuam acampados na sede do INCRA por tempo indeterminado.  


 

Povos indígenas e Movimentos Sociais do campo e cidade pressionam a Assembléia Legislativa contra PEC 215.

 Numa demonstração clara de unidade e resistência, os movimentos sociais acampados no INCRA desde o último domingo (12), ocuparam a Assembleia Legislativa da Bahia na tarde desta quarta feira (15). O ato teve como objetivo pressionar os Deputados Estaduais pela articulação com a base aliada Federal para o arquivamento imediato da PEC 215,/2000 que visa retirar o poder de demarcação de terras indígenas, quilombolas, dos povos tradicionais e ainda dos territórios de unidade de conservação do Poder Executivo (através da FUNAI e INCRA) transferindo ao Poder Legislativo, ou seja, ao Congresso Nacional




A pressão dos deputados federais para aprovar a PEC 215 põe em vista conjuntura conservadora atual tendo em sua expressividade uma maioria da bancada ruralista, que tem demonstrado interesse em impedir as demarcações de terras dos povos originários e comunidades tradicionais. Desta forma, diversos indígenas articularam-se em jornada na Mobilização Nacional, ocorrendo em Brasília e em diversos outros estados do Brasil, onde através de diversas ações vem pautar a defesa dos direitos dos povos indígenas aos seus territórios.


Assim, o terceiro dia de mobilização da Jornada de Lutas foi marcado pela solidariedade aos povos indígenas. Em caminhada os movimentos sociais ocuparam a Assembleia Legislativa exigindo o diálogo junto aos Deputados Estaduais. O presidente da casa, deputado Marcelo Nilo recebeu os representantes e em reunião juntamento com Marcelino Galo (PT), Neuza Cadore (PT), Fátima Nunes (PT), Luiza Maia (PT) e Pastor Isidório (PSC) comprometeram-se em formular um documento de posicionamento contra a PEC 215 à ser enviado ao Câmara dos deputados e à Presidência da República.


De acordo com as lideranças indígenas a mobilização na capital baiana foi bastante positiva trazendo como resultado o compromisso da Assembleia Legislativa de posicionamento contra a PEC 215 e em defesa dos direitos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais.



Diga ao povo que avance... Avançaremos!!!