quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Inclusão Digital no Assentamento Terra Vista

Entre os dias 17 e 20 de agosto, o Assentamento Terra Vista recebeu o curso de Cinema e Informática Básica. A atividade faz parte da reativação do nosso Centro Digital de Cidadania Rural (CDCR), chamado por nós de Cabaça, fruto da parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia (SECTI), Incuba e Governo da Bahia.



O curso aconteceu durante o período da tarde dos quatro dias e, durante a noite, foram realizadas oficinas como: Informática Básica, Edição de Foto e Edição de Vídeo. O curso foi facilitado pelo educador Matheus Cunha, cineasta que ficou muito querido dentre @s participantes da oficina.



Tivemos a participação de jovens durante o curso e a oportunidade de integrá-los a pessoas de diferentes idades, principalmente na oficina de Informática Básica.



Como fruto do curso de Cinema apresentamos o curta "A Noite". Confira e compartilhe!


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Inscrições abertas para a IV Jornada de Agroecologia da Bahia


TEMA: "TERRA, TERRITÓRIO E PODER" 

É com grande satisfação que a Teia dos Povos anuncia a proximidade da IV Jornada de Agroecologia da Bahia, que acontecerá nos dias 29 de outubro a 1º de novembro. Nos últimos três anos, agregamos experiências e aprendizados ancestrais e atuais, de especificidades dos povos tradicionais, indivíduos construtores e do coletivo enquanto movimento de articulação e união de povos. Tais vivências são celebradas, refletidas, aprimoradas e difundidas no evento anual da Teia, que nomeamos como Jornada de Agroecologia da Bahia. 

Com o tema Terra, Território e Poder, estamos construindo a Jornada deste ano, que trará plenárias, painéis, oficinas e demais espaços para o debate e compreensão horizontal do empoderamento e acordos sobre o tema e suas consequências na atual conjuntura, na qual as ações incidem e afetam principalmente a nós indígenas, quilombolas, pequenos agricultores, assentadas(os) e acampadas(os). 

Além disso, a IV Jornada de Agroecologia da Bahia será um espaço de celebração e (re)encontro de culturas e conhecimentos tradicionais, com mulheres e homens indígenas, quilombolas, camponeses, população urbana, jovens, crianças e anciões, culminando em ricas trocas de saberes. Também é momento de apresentação da Teia dos Povos aos visitantes e novos membros. 

Nesses três anos, a Jornada ganhou progressivo espaço no calendário anual da região e dos movimentos que a compõem, em território nacional e até internacional. Para a construção da programação, contamos com a cooperação de nossos elos e parceiros para proporem à equipe focalizadora oficinas, minicursos, debates e outras possíveis propostas para avaliação. 

Aos Elos
Considerando seu elo/instituição importante na execução deste processo a(o), convidamos a participar da IV Jornada de Agroecologia da Bahia e colaborar para o acontecimento da mesma. Assim, solicitamos, se houver interesse, que os Elos proponham a atividade a ser ministrada e/ou a colaboração quanto a recursos humanos para o fortalecimento do evento e da TEIA, através do preenchimento do formulário INSCRIÇÃO OFICINAS. Esse apoio pode ser feito também entrando em contato direto com a equipe de organização da Jornada. 


SERVIÇO

Local: Assentamento Terra Vista – Arataca (BA)
Data: De 29 de outubro a 1 de novembro de 2015

Informações: (73) 8241.6688  |  (73) 8175-4297   |  (73) 8169-7529
E-mail: jornadadeagroecologiadabahia@gmail.com
Redes sociais: Fanpage da Jornada | Perfil da Teia dos Povos




INSCRIÇÕES

Há diferença na inscrição de elos e visitantes. Essas informações sobre taxas e demais dúvidas serão obtidas através do e-mail, no ato de inscrição.

- INSCRIÇÃO VISITANTE
- INSCRIÇÃO ELOS  

- INSCRIÇÃO OFICINAS


Hospedagem

O Assentamento Terra Vista oferecerá espaço de camping para os grupos e pessoas participantes da Jornada. Os alojamentos serão priorizadas para pessoas idosas e com crianças. Objetos pessoais e equipamentos levados são de responsabilidade individual do(a) participante. É importante levar: kit militante (copo, prato e talheres), barraca, cobertores ou sacos de dormir, colchonete ou isolante, roupas de banho e itens de higiene pessoal.


Alimentação

  • Elos: deverão trazer alimentação para a cozinha coletiva da Jornada, levando em conta a quantidade real de três refeições diárias, por pessoa.
  • Visitantes: deverão fazer a inscrição com pagamento e comprovante para garantia de participação.
  • Comunidades visitantes: contribuição com alimentação, material de limpeza e trabalho voluntário.



Conta para DOAÇÕES e depósito das INSCRIÇÕES

Banco do Brasil
Agência: 0837-0 | Conta corrente: 26109-2
Nome: Associação Territorial de Agroecologia Povos da Cabruca e da Mata Atlântica


Zine do I Encontro de Mulheres da Teia de Agroecologia da Bahia


Durante o I Encontro de Mulheres da Teia de Agroecologia dos Povos, foi confeccionado um zine coletivo, que traz uma síntese do encontro a partir de falas das companheiras que estiveram presentes. 

Zine é uma publicação artesanal, independente e livre, feita com colagens, ilustrações, escritos, poesias e o que a criatividade for capaz de realizar. Uma comunicação que fortalece a autonomia. 

Cada elo levou um zine para tirar cópias e compartilhar em suas comunidades. A ideia do zine é essa, a livre reprodução, sempre citando a fonte. Para quem não esteve no encontro e não viu o zine impresso, segue aqui dois links em PDF para imprimir e espalhar. 

Quando imprimir, fazer frente e verso e dobrar duas vezes, horizontalmente, formando um folheto. 




segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Registro do I Encontro de Mulheres da Teia de Agroecologia dos Povos

 
“Eu peço a benção à Mãe Terra e ao nosso Pai Tupã!”

“Mulher e Agroecologia: Pra fazer Soberania!”


É pedindo a benção e com um grito coletivo de luta e de união que se iniciou o I Encontro de Mulheres de Teia de Agroecologia dos Povos, no Assentamento Terra Vista, em Arataca (BA). Indígenas, quilombolas, assentadas, juventude urbana e crianças estiveram unidas em dois dias, 21 e 22 de agosto de 2015, para conviver, trocar experiências e dialogar sobre a participação das mulheres na luta pelo direito à terra a partir da Agroecologia. O Encontro também pautou a atuação feminina na IV Jornada de Agroecologia da Bahia, que já está com inscrições abertas.


Em rodas de diálogo e místicas foram levantados temas relacionados diretamente às práticas agroecológicas, em especial aos fazeres e saberes repassados e consolidados pelas mulheres através da oralidade. O encontro foi também um momento de articulação entre as mulheres da Teia dos Povos, pautando importantes encaminhamentos para a atuação feminina na IV Jornada de Agroecologia da Bahia, que será realizada entre os dias 29 de outubro e 01 de novembro de 2015, no Assentamento Terra Vista, com o tema “Terra, Território e Poder”.



Místicas e Oficinas


“Não se seca raiz de quem tem sementes espalhadas para brotar”
(Poesias de Eliane Potiguara)

Entrelaçando os diálogos, o Encontro de Mulheres da Teia foi conduzido em vários momentos pelas místicas, momentos de ritualização e conexão com nossa ancestralidade, força que move mulheres e homens para seguir adiante na luta pela terra. As místicas foram conduzidas pelas mestras indígenas Pataxó, Pataxó Hãhahãe e Tupinambás.

Por entender que discurso sem a prática é prato vazio, realizamos três oficinas na manhã do dia 22, sábado: Horta Agroecológica, Sistemas Agroflorestais e Cacauada, ministradas por assentados do Terra Vista e membros da Teia. “Quando a gente fizer o que a gente fala é que a gente vai comer o que a gente quer”, reforçou a companheira Dora Silva, da Teia dos Povos.

Sobre a prática, o Encontro proporcionou uma nova experiência para os nossos companheiros de luta, que estiveram presentes na cozinha, preparando as refeições do Encontro. Isso mostra que é possível a presença masculina em atividades domésticas antes dogmatizadas como funções preferivelmente femininas. Após o Encontro, percebemos que é necessária a paridade de gênero nesses espaços, missão dada para os próximos encontros da Teia.




 
 
TEMÁTICAS DIALOGADAS


Soberania e Segurança Alimentar

O diálogo em torno da soberania alimentar começou com a conceituação de como a entendemos. A soberania diz respeito ao direito de todos os povos em ter uma alimentação saudável e o conhecimento sobre seus meios de produção, direito esse limitado com a formação do modelo de sociedade capitalista. “A 'dessoberania' surgiu com os resquícios do fim da II Guerra”, lembra a companheira Jéssica Camargo, da Frente Nacional de Lutas (FNL), explicando como as substâncias bélicas foram parar na agricultura e em nossas mesas, a partir do uso de adubos e fertilizantes derivados da guerra e comercializados pela multinacionais.

Tatiana Botelho, do Instituto Cabruca, citou o cruel ciclo de dominação das multinacionais. As mesmas empresas que produzem as sementes transgênicas são as que produzem agrotóxicos e manipulam remédios da indústria farmacêutica. Ou seja, dentro desse sistema ilusório, nos alimentamos de veneno e procuramos o mesmo veneno como antídoto às doenças por ele causadas. Entretanto, a Agroecologia e seus saberes tradicionais vêm como proposta prática e política ao enfrentamento da imposição capitalista. “A Agroecologia nada mais é que um conceito acadêmico para definir o resgate à forma como nossos ancestrais cultivavam a terra”, ressalta Fernanda Tanara, do Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias - NEPPA.



Sementes

Aniele Silveira, da Teia dos Povos, relatou um breve histórico sobre uma das principais empresas de transgênicos, a Monsanto. Essa multinacional, assim como a Singenta, Bayer, Dupont, Down, entre outras, possuem a patente de dezenas de sementes, impedindo a apropriação por parte das agricultoras e agricultores. A semente transgênica, além de não se reproduzir, é geneticamente enfraquecida para que necessite do uso de aditivos químicos, causando dependência financeira e alimentar, além de gerar impactos ambientais sobre o solo, as matas, as águas, animais e humanos.

Dona Maria Muniz, Pataxó Hãhãhãe, contou sobre o sucesso da reprodução de sementes crioulas em sua aldeia, a partir da troca de sementes realizada na II Jornada de Agroecologia da Bahia. Exemplo claro de que as sementes nativas e a agroecologia fortalecem não só a produção alimentar saudável, mas também a auto-organização das mulheres e a geração de renda. Essa fala lembra a importância de se pautar a criação e o fortalecimento das redes de sementes crioulas dentro dos territórios tradicionais e urbanos de resistência, conectando diferentes realidades de luta e estando presente em espaços de controle. “Devemos estar atentas aos acontecimentos políticos, pois neles há fortes intenções, e também ocupar espaços como as universidades”, ressalta Nádia Acauã, Tupinambá de Olivença.


Saberes Tradicionais

“Se a terra é mãe, é uma mãe doente, estuprada, espancada, cansada e marcada para morrer”. Assim a companheira Nancy Cardoso, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), sensibilizou o debate trazendo o entendimento sobre a opressão que a Mãe Terra vivencia e que é semelhante à opressão que as mulheres sofrem e lutam, juntas, para se libertar. Essa é uma relação importante entre a mulher e a Agroecologia. “Temos que tratar a terra bem, aí está nossa tarefa mística. A gente precisa ir para a política com essa concepção. Queremos ser Mulheres que gozam e sentem o prazer, assim como a Agroecologia é o prazer para a Mãe Terra.”

Os saberes tradicionais e a noção de identidade afirmam o empoderamento das mulheres na Agroecologia, pois elas são guardiãs dos conhecimentos da Terra, como o uso das ervas medicinais, o partejar, etc. Por isso, precisamos entender a tradição oral como conteúdo de conhecimento agroecológico, integrando ele com o dito conhecimento formal. Sobre isso, Dona Maria Muniz comenta: “A Universidade deve compreender as necessidades da gente e os nossos saberes ancestrais. Temos o conhecimento da terra! Nós, indígenas, quilombolas e não indígenas, cuidando da terra juntas, vamos mudar esse país. Temos que dizer como é a vida aos nossos jovens e ensiná-los a fazer o certo”.


“Olê Mariê,
Olê Mariá,
Mulher sai dessa cozinha,
Vem ocupar seu lugar!”


ZINE

Para compartilhar parte do que foi realizado no I Encontro de Mulheres da Teia de Agroecologia dos Povos, foi confeccionado um zine do encontro. Zine é uma publicação artesanal, independente e livre, feita com colagens, ilustrações, escritos, poesias e o que a criatividade for capaz de realizar. Uma comunicação que fortalece a autonomia. O zine do encontro foi produzido por várias mãos femininas e apresenta, resumidamente, uma cobertura do encontro a partir de falas das companheiras que estiveram presente. Cada elo levou uma cópia para suas comunidades, com a missão de copiar e distribuir para mais mulheres e também para os companheiros. Para baixar o PDF e imprimir, clique aqui.



sábado, 15 de agosto de 2015

Encontro para organização de rede de sementes florestais nativas


O Semente Junta a Gente – Encontro para organização de rede de sementes florestais nativas aconteceu nos dias 16 e 17 de Agosto e deu o pontapé inicial para a formação de uma rede que vai interligar os coletores e produtores de sementes e mudas, a princípio da Mata Atlântica e, posteriormente, da Caatinga e Cerrado. Os cerca de 100 presentes na atividade do Projeto Ações Ambientais Sustentáveis acordaram alguns princípios e estratégias da rede e construíram um grupo gestor para a rede no bioma Mata Atlântica.

O objetivo da rede é fomentar a colheita, produção e comercialização de sementes e mudas florestais nativas no estado da Bahia. Com isso, espera-se preparar o setor para a demanda por restauração florestal que deve surgir, como defendeu Murilo Figueiredo, da Secretaria de Meio Ambiente: “É um momento ímpar para os produtores, tendo em vista a previsão de um aumento significativo na demanda de mudas e sementes, por parte das propriedades que tiverem passivos ambientais detectados através da consolidação do Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir)”.

 

Rede em construção coletiva
 
Para organizar a rede, a proposta foi uma construção coletiva, contando com a ajuda de parceiros que já acumulam alguma experiência nos temas de interesse. Foram realizadas três apresentações tratando das temáticas regularização de viveiros, estrutura de redes de sementes e organização de movimentos sociais em rede. Em seguida, os participantes dividiram-se em grupos de trabalho e construíram estratégias de atuação focando nesses três aspectos.

De Brasília veio a contribuição da Rede de Sementes do Cerrado, trazida por Alba Cordeiro. Ela frisou a necessidade de identificar o mercado e deu exemplos de como a rede pode auxiliar em processos complexos para os produtores, “as redes que conseguem comunicar  a produção e a demanda têm sido bem sucedidas. No nosso caso, entendemos que a rede teria que ser o comercializador devido à dificuldade do pequeno produtor tirar o Renasem”, explica. Um diferencial da Rede do Cerrado é a comercialização de sementes, não só de mudas. Isso só é possível graças à parceria com a Universidade de Brasília, que possui um dos poucos laboratórios no Brasil onde se realizam os testes de germinação exigidos para realizar as vendas.


Lausanne Almeida, do Projeto Arboretum,  falou sobre a regularização dos viveiros de acordo com as exigências do ministério da agricultura, processo simples para os coletores de semente, mas complexo e trabalhoso para os viveiristas que vão comercializar as mudas, “É algo inviável quando se trabalha sozinho”, afirma ela. O projeto Arboretum lida com essa dificuldade disponibilizando um técnico para auxiliar os viveiristas na regularização. Além dessa, outra estratégia traçada pelo grupo de trabalho para a rede recém-criada é pressionar para conseguir a flexibilização dessas exigências, principalmente para viveiros de comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas e da agricultura familiar.

Para falar sobre movimentos sociais trabalhando em rede, Joelson Oliveira compartilhou a experiência do assentamento Terra Vista, do MST, na cidade de Arataca. O assentamento totalmente degradado na entrada das famílias, hoje está bastante florestado graças a um intenso processo de restauração ecológica promovido pelos assentados. O Terra Vista já faz parte, integra e constrói a Teia dos Povos, uma rede que além de sementes florestais, trabalha com sementes crioulas. Joelson e o grupo de trabalho defenderam uma intensa troca entre os saberes ancestrais e populares com o saber científico, mais valorizado normalmente: "Para conservar a Mata Atlântica é preciso mudar de atitude! A árvore mais estudada hoje é o eucalipto e isso é uma vergonha para as universidades!”, critica.



Imagens: Juliana Ferreira

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Abertura do Plano Safra 2015/2016


                                 

No dia 13 de agosto, em Salvador-BA, aconteceu a abertura do plano Safra 2015/2016 se tratando de um plano de apoio a agricultura familiar que contava com a participação de diversos órgãos governamentais, não-governamentais, agricultores familiares, marisqueiras, indígenas, estudantes, pescadores, quilombolas, artesãos e mais para apresentação do plano e quais recursos estarão dispostos aos caponeses e camponesas durante o ano de 2015 e 2016.
O assentamento Terra Vista, junto à representação Pataxó, aos grandes parceiros: Instituto Cabruca CIMA e EcoBahia estiveram presentes nesse diálogo somando forças à Teia dos Povos, assim como, divulgando a produção do chocolate, do cacau, em cabruca, dentro da área da Mata Atlântica.                                       

Durante o encontro foi falado sobre a garantia Safra, o selo da agricultura familiar e ainda o lançamento de três grandes e importantes editais do projeto Bahia Produtiva, com apoio a projetos socioambientais, cadeia produtiva da apicultura e meliponicultura, e cadeia produtiva da Bovinocultura de leite.

No encontro o governador do Estado esteve presente no stand do Assentamento, firmando a parceria do Governo do Estado junto à causa do Assentamento Terra Vista, assim como, da Teia dos Povos.

Marcou presença ainda a companheira do Grupo Banco Mundial firmando o mesmo compromisso de apoio e parceria à nossa luta e à nossa causa.
Tivemos a oportunidade de divulgação da IV Jornada de Agroecologia da Bahia, convidando nov@s participantes e construindo parcerias para a mesma, além de convidar ilustres companheiros, companheiras e camaradas de caminhada.



Diga ao povo que avance...
E AVANÇAREMOS!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Assista ao vídeo da mobilização à favor dos professores PST que fechou a BR-101


Os professores PST pressionam a Secretária de Educação do Estado da Bahia, fechando a BR-101.

Exigimos qualidade na Educação do Campo, e para isso, o mínimo é o pagamento em dia dos proventos dos funcionários. 

O assentamento Terra Vista está de portas abertas para receber o Sec. de Educação do Estado da Bahia, afim de dialogarmos sobre a situação de nossos Educadores e outras demandas para melhorar a Educação no território.






Aos estudantes, funcionários e demais professores do CEEP do Campo - Mílton Santos pedimos que continuem em lutas pois apenas assim conseguiram melhorias para tod@s nós!

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

INTERTEXTO
Bertolt Brecht

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Manifstação exige Educação do Campo de qualidade e fecha BR-101




“Educação do Campo: direito nosso, dever do Estado”, eram as palavras escritas numa faixa que um grupo de manifestantes carregava quando fecharam o trânsito na BR-101 hoje, 3 de agosto de 2015. A mobilização começou por volta das 8:00 no trevo de Arataca e manteve a estrada parada por duas horas. 

Os manifestantes exigiam melhores condições de trabalho e melhoria da Educação do Campo para o Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) do Campo Milton Santos. Localizado no Assentamento Terra Vista, o “Mílton” representa uma grande vitoria do MST, da comunidade assentada e toda região sul da Bahia. Desde sua  fundação, em 2009, tem viabilizado formação e a capacitação de jovens e adultos para intervir no desenvolvimento da região, em sua dimensões econômicas, ambientais e sociais.




Atualmente, o Centro oferece o ensino médio profissionalizante nos cursos de agroecologia, agroindústria, informática, meio ambiente, segurança do trabalho, agro extrativismo e zootecnia para cerca de 1 mil estudantes, que residem nos municípios que integram o Consórcio Intermunicipal da Mata Atlântica (CIMA). O número de estudantes do CEEP do Campo Mílton Santos cresce a cada ano, mas as condições de trabalho tem sido cada vez piores. Além de professores efetivos e REDA, o Centro têm 50% de professores PST, cujos os sálarios são menores que os demais professores.



De acordo com Eva Morais - professora do CEEP do Campo Mílton Santos, “Nós convocamos os estudantes a se juntarem nessa mobilização pois já completou 5 meses que os professores contratados na modalidade Prestação de Serviço Temporário – PST estão sem receber seus proventos. Diante dessa situação decidimos paralisar a BR-101 por duas horas para chamar a atenção da Secretaria de Educação, do Governo Estadual e da sociedade civil como um todo sobre nossa situação.”


Solange Brito – moradora do Assentamento Terra Vista, diretora do CIFF e mãe de dois jovens que estudam no CEEP do Campo Milton Santos, explica que é preciso ter solidariedade com esses trabalhadores, pois eles estão vendendo sua força de trabalho e merecem receber por isso. “Por isso que esta mobilização conta com a presença de moradores do Assentamento Terra Vista e Rio Aliança, estudantes, professores e terceirizados do Centro Integrado Florestan Fernandes (CIFF) e do CEEP do Campo Mílton Santos.

Joelson Ferreira – membro da coordenação do Assentamento Terra Vista, pai de dois jovens que estudam no CEEP do Campo Milton Santos, agradeceu a colaboração dos motoristas que tiveram sua rotina alterada pela manifestação. Ele lembrou ainda que é direito de todos os trabalhadores se manifestarem e lutarem por seus direitos.