segunda-feira, 7 de setembro de 2015

II Seminário Internacional de Educação do Campo

II Seminário Internacional de Educação do Campo 
III Seminário Estadual de Educação do Campo 
I Encontro do PROCAMPO Nordeste

 Aconteram em Feira de Santana (BA), nas universidades UEFS e UFRB entre os dias 02 e 05 de setembro e a Teia de Agroecologia dos Povos estava marcando presença com apresentação de trabalho sobre os Trechos Solidários Agroecológicos e ainda em uma mesa de apresentação sobre “Luta de Classes, Território e Soberania Alimentar”.





  •     Trabalho em Espaço de Diálogo


 Quinta-feira, 02/09, pela manhã, foi o momento de apresentação do trabalho em uma sala no Campus da UFRB/CETENS.

A Teia apresenta o trabalho encaixado no Eixo 03 – Luta de Classes, Território e Soberania alimentar – sobre Trechos Solidários Agroecológicos: uma sistematização dos mutirões da Teia Agroecológica dos Povos. Na apresentação, facilitada por Alejandra Johnson e Joelson Ferreira, foi apresentada a metodologia que utilizamos em cada trecho e mutirão, as mobilizações que são necessárias para que cada uma dessas ações obtenham sucesso e ainda os desafios encarados.
 Pontuando que não temos apoio de nenhum órgão para nenhuma dessas atividades, sendo realizado com LUTA e muito esforço dos povos da Teia.

 Esse espaço foi dividido com outras apresentações, o que facilitou o diálogo em roda sobre as temáticas abordadas, as quais:
 - No diálogo entre a agroecologia e a Educação do Campo: reflexões sobre cultura e trabalho camponês, com Emílio Neto;
- Os desafios da Agricultura familiar no Brasil e no território Sertão Produtivo-BA: o agronegócio e os grandes empreendimentos, com Priscila Lima;
- Os sistemas silvo agropastoris: a importância socioeconômica das comunidades tradicionais fundo de pasto na Bahia, com Isabel Santos e André Silva.

 Em meio ao diálogo Joelson afirma: “ A agroecologia é a ciência e a política dos Povos para mudar a realidade”.



  • Mesa de apresentação



 A mesa composta por Joelson Ferreira, Jorge Rasta, com mediação do Prof. Aurélio Carvalho teve início na tarde da sexta-feira, 03/09, para dialogar sobre Luta de Classes, Território e Soberania Alimentar foi recebida inicialmente por um toré que os estudantes e moradores da residência universitária indígena apresentou. Composto por índios Pancararu, Tuxá, Pataxó, Potiguara, Caimbé, Tumbalalá, Kariri, Funiô e Aticon. 

 Jorge Rasta começa sua apresentação falando sobre a sua história de vida e da Casa do Boneco, e diz: “estamos aprendendo a arrumar os termos de nossa luta” quando fala sobre a luta de classes que a elite brasileira hoje levanta e sustenta. 
Ele diz ainda que a luta de classe obedece ao termo colonial que foi construída pra dividir o povo brasileiro e sobre a diferença existetnte entre o conhecimento tradicional e popular do conhecimento da academia e científico, o que fomenta a diferença de classes ainda mais. 
Pontua e esclarece que as maiores batalhas que travamos e temos atualmente é contra o monopólio da terra, da água e da comunicação, se encontrando em poucas mãos. “São três povos (indígenas, afrobrasileiros e sem terra) diferentes que estão na mesma luta” afirma Jorge Rasta.



Joelson faz sua apresentação complementando o que Jorge Rasta fala sobre a luta de classes complementando que agora temos uma morte lenta e continuada do nosso povo, fazendo relação com os acontecimentos recentes nos Guarani Kaiowá, e que a riqueza do Brasil é construída à custa do sangue e da morte do povo indígena e negro.

 “A elite branca vem matando desenfreadamente, quando vemos as estatísticas é o povo negro que tá sendo morto” comenta. Enfatiza que para assumir o território temos que ter coragem de plantar e cultivar na terra e que agroecologia é 10% de teoria e 90% de prática. Assim, a ciência e a política junto à agroecologia e com seus conhecimentos e bases pode construir a revolução que queremos para o povo. Isso é uma forma de empoderamento dos povos que com o seu conhecimento e convivência na terra podem assumir a soberania alimentar.

 Destacou a história que o Assentamento Terra Vista carrega de luta, sofrimento e superação com a agroecologia, conseguindo recuperar 92% da mata ciliar e assim revitalizar o rio Alinça que estava quase desaparecido há 20 anos atrás.


A mesa após esse momento de apresentação das ideias foi aberta pra dialogar com os participantes, onde tivemos a intervenção de estudantes, professores e militantes complementando as ideias postas pelos mestres e como conclusão foi registrado o momento final com essa bela imagem. 


 Diga ao povo que avance, e AVANÇAREMOS!!

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