Com
essa tarefa, hoje, 11 de julho de 2015 aconteceu no Assentamento
Terra Vista o I seminário Banco de Sementes para tratar da questão
e importância das sementes Crioulas como patrimônio da Humanidade e
dos povos e apresentando o início de uma nova etapa para a Teia dos
Povos com o projeto Banco de Sementes. Com essa proposta seguimos
avante como Teia dos povos em Luta e em posse daquilo que nos
pertence, o poder à semente sobre e na terra para a produção e
garantia do alimento saudável e da soberania alimentar.
Crianças,
mulheres e homens cantaram, celebraram e partilharam suas sementes.
Nossa
companheira Mayá, ou seja, Maria Muniz, Nailton e Joelson,
representando todos os mestres e elos da Teia dos Povos, participam
da mística do fogo, que simbolicamente é destinado para cozinhar os
alimentos para todos integrantes e a construção do plantio e da
formação do banco de sementes do elos da Teia.
Relembramos
que na luta pela soberania alimentar precisamos de três coisas:
Terra, sementes e homens e mulheres com disposição de cuidar da
terra, das sementes e fazer a luta. O início da arrecadação de
sementes, que começou com trocas entre companheir@s com plantações
e colheitas em vários lugares podemos projetar o futuro das nossas
sementes, dos guardiãos e guardiãs da nossa história e das
sementes. Como as sementes foram juntadas de várias partes do
território, do país, de experiências de outros países, também
somamos companheiros de várias origens étnicas, cidades, estados e
nacionalidades em uma mesma família.
O
tempo é de buscar com a paciência e a sabedoria para conquistarmos
e consolidar os nossos territórios, construir a Teia dos Povos, e
junt@s podemos conquistar outras dimensões. Começaremos pelas
sementes, entregando o cuidado das mesmas às mulheres e homens de
boa vontade, e convocando as universidades e institutos parceiros
para que a produção do conhecimento volte para os saberes
ancestrais e o cuidado com as sementes Crioulas como elemento em
construção da Humanidade, ou seja, Sementes são patrimônio da
Humanidade.
Como
diz Che: “ O ser humano deixa de ser escravo quando vira arquiteto
de seu próprio destino”, assim, convidamos à academia, os
graduandos com coragem de deixar a academia para beber na fonte dos
indígenas, quilombolas, pequenos produtores e sem terra, para que se
unam à luta e aos companheir@s que já estão unidos, para que
comecemos a pensar num plano de mudança para a nação. Iniciemos,
portanto, a levar sementes em todos os lugares onde fomos e ir até
onde existam companheiros que também trocam com todos que também
tiverem sementes, pois, este é o nosso ato revolucionário
necessário agora!
Lembramos
também da importância da união e irmandade para que todos
alcancemos juntos melhores momentos para todos e também tenhamos
consciência e que sejamos profissionais que saibamos o valor das
sementes Crioulas, pois, as sementes transgênicas não satisfazem
nossas necessidades. Verdade, sinceridade e união são as palavras
que precisamos colocar em prática.
Precisamos
plantar Soberania, logo, o projeto prevê 10 hectares de banco de
sementes, mas podemos fazer 20, podemos 30 hectares se quisermos,
precisamos plantar e comunicar e fazer contabilidade e fazer
articulações...Todas as tarefas precisam ser feitas, mas nem todos
precisam fazer apenas uma tarefa, e sim sair do discurso, deixar os
hábitos acadêmicos de apenas pensar, de filosofar, de levantar
teses e não agir, pois, precisamos plantar e atuar praticamente para
fazer a mudança. Precisamos definir nosso papel e assumir nossas
tarefas.
Nós
vamos plantar esperança, nós vamos plantar soberania. Porque a Teia
é de esquerda, nós temos lado! Plantar essa semente é garantir
nossa segurança alimentar!
Os
produtores detém suas sementes Crioulas, produzidas pelos povos. O
papel agora é entender sobre a semente, sobre a importância da
agricultura, e resgatar que ser agricultor/a e permanecer em nosso
território é fundamental.
“Vamos
lutar, vamos construir todo mundo no mesmo passo!”
DIGA
AO POVO QUE AVANCE...
E
AVANÇAREMOS!
Teia de Agroecologia dos Povos
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